Vale a pena trocar códigos de barra pela tecnologia RFID?

etiquetas RFID

Durante muitos anos o código de barras agiu como principal forma de identificação automática de produtos e desde então, tem sido realmente muito efetivo apostar na locação de um coletor de dados. Os pontos principais a serem considerados quando falamos da comparação do RFID com o código de barras, dizem respeito à legibilidade, diminuição do tempo de leitura, durabilidade da etiqueta, quantidade e mobilidade de informações, custos tecnológicos e padrões.

A ISO cria padrões RFID há mais de duas décadas. ISO 15693 e ISO 14443 são padrões de HF bem posicionados. O padrão EPCglobal Gen 2 está posicionado como global (ISO 18000-6C), e ISO 18000-7 é um padrão internacional para etiquetas ativas operando em 433 MHz

Já fizemos um post listando algumas vantagens da tecnologia RFID, mas é preciso considerar alguns fatores antes de migrar para essa inovação. Um deles é avaliar se o RFID irá complementar o código de barras ou se este será efetivamente substituído. Para entender melhor as diferenças entre as duas tecnologias e saber como características diferentes podem ser utilizadas para um mesmo fim, compare, compreenda e escolha a melhor opção para o seu negócio!

Principais diferenças entre RFID e código de barras

  1. Leitura

Os leitores de código de barra são focados na linha de visão, ou seja, precisam de “contato visual” direto para que a leitura seja satisfatória. Isso significa que é preciso direcionar o código em direção ao aparelho para que este seja “decifrado”. Caso o rótulo rasgue ou esteja sujo, será impossível digitalizar o produto.

A leitura das tags RFID dispensa essa linha de visão, basta apenas estar dentro do raio de alcance do leitor. Isso acontece porque as etiquetas RFID são fundamentadas em ondas de rádio, e o sinal de radiofrequência (RF) consegue transitar através de muitos materiais.

Um leitor RFID pode diferenciar e interagir individualmente com cada etiqueta, mesmo que muitas estejam dentro do campo de visão. Porém, a coordenada exata do item não é fornecida, o que faz com que, caso uma etiqueta não seja reconhecida por alguma razão, precise ser feita a análise manual ou o desvio do lote para vistoria.

etiquetas RFID

  1. Velocidade

As tags RFID são muito mais rápidas em sua leitura, quando comparadas aos códigos de barra, que precisam do campo de visão e de cadastros individuais. Os graus teóricos estão entre 1.000/seg ou mais e essa velocidade otimiza muito o trabalho, principalmente no momento de coletar e despachar produtos em grandes quantidades, que devem ser contabilizadas em curtos espaços de tempo. Isso acontece porque o leitor RFID permite o reconhecimento dos códigos sem a necessidade de verificar cada item separadamente.

  1. Durabilidade

Além ficarem protegidas por darem a possibilidade de introdução em diversos materiais, como por exemplo substratos de plástico resistentes, as etiquetas RFID já são por natureza, consideravelmente mais resistentes e duráveis do que o papel com que normalmente são feitas as etiquetas de códigos de barras, porém as duas dependem do adesivo, pois é ele que mantem a fixação forte e intacta no local em que foram posicionadas.

O que pode deixar a etiqueta RFID para trás neste ponto, é o local onde a antena e o chip se juntam, pois qualquer tipo de corte, intervenção ou problema que prejudique esse ponto de junção, fará com que a etiqueta precise ser descartada. Em contrapartida, os códigos de barra numa situação parecida, seria apenas parcialmente danificado.

  1. Armazenamento

Os Códigos Eletrônicos de Produto reconhecem produtos individuais desde que, vinculado a cada item, exista um número de serial cadastrado. As etiquetas RFID podem dispor de muita memória, o que faz com que um extenso banco de dados possa ser criado e com que os itens possam ser discriminados e rastreados por meio de informações diversas, como data de fabricação ou validade e localização geográfica.

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  1. Alterando Informações

Diferente dos demais códigos, as tags RFID podem dispor de alterações e atualizações nas informações em tempo real para cada item que esteja em trânsito ou dentro da empresa.

  1. Redundância

Os códigos de barras, geralmente possuem um meio de leitura de caracteres em conjunto, o que possibilita a recuperação direta em caso de falhas de identificação.

Já as tags RFID coletam dados de forma definitiva, permitindo que apenas um leitor configurado possa receber essas informações. As características do sistema não são tão estáveis e pode-se acatar ou negar o que é passado pelo leitor.

Combinar tags RFID contendo códigos de barras e caracteres humanamente legíveis pode ser a melhor opção de redundância e confiança de dados.

  1. Segurança

Ao contrário de outras opções de etiquetas, existem tags RFID que aceitam o cadastro de palavras chave, como códigos que podem impedir que sejam lidas por sistemas que não se encaixem nesse método.

  1. Valor

A locação do leitor RFID é consideravelmente mais cara, porém o retorno de investimento justifica a adesão à esta tecnologia. O valor vai depender do tipo de leitor. Leitores ativos normalmente são negociados como parte de um sistema completo, com tags e software de mapeamento, impressoras e etc. Outros serviços como: assessoria, manutenção e capacitação de pessoal também devem ser levados em conta.

Tanto os leitores de códigos de barras, quanto os de RFID, possuem funções e aplicações muito interessantes e que podem fazer toda a diferença nos processos e na agilidade do seu negócio. Agora é só escolher a que melhor se enquadra nas suas necessidades!

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